terça-feira, 29 de novembro de 2011

O amor está no ar em Dublin

Muitas pessoas estão encontrando seus lovers em Dublin. Segue a música Ai Se Sêsse do Cordel do Fogo Encantado, eu adoro essa poesia. É simples, mas bonita.

Viva!!

Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse
a porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Falando Inglês em Dublin

Já foi dito aqui que a Irlanda é um bom país para aprender inglês. Hoje eu vou contar da minha experiência de ontem (22/11/2011).

Toda terça-feira eu faço um curso de Relações Públicas em Malahide, fica no Norte, é famoso pelo o castelo e a praia. É um lugar super aconchegante, me lembra um pouco Humaitá, Jardim Botânico, enfim.

Todas as terças eu sempre fico um pouco tensa, porque fico rezando/pensando para eu conseguir entender tudo que a professora explica, que eu possa participar...Até porque no final haverá uma prova. Aff!

Ontem, peguei o ônibus 42 para Portmarnock, sentei no primeiro, procurei não sentar na cadeiras dos idosos, sentei ao lado de uma senhora que fazia o sinal da cruz para todas as igrejas que passava e dizia excuse me para qualquer mini esbarrão, tosse, todo um jeito irlandês de ser - SUPER-HIPER-MEGA-EDUCADO.

Finalmente, "passou a casa bonita" e cheguei ao meu destino. Saindo do bus esperava um frio, mas não estava. Diferente das outras as terças, dessa vez fiz um caminho diferente, fui no refeitório peguei um energético, olhei em volta para saber se havia alguém, vi um livro em cima da mesa, era um livro para adolescentes, porém parecia super interessante. Pensei em pegar. Deixei o meu espírito brasileiro de lado e subi para aula.

Depois de uns 15 minutos aprendendo frases, palavras em espanhol a professora chegou. Pela primeira vez tivemos uma conversa. Contei da minha entrevista e aonde eu iria hoje, do meu trabalho no Metro. O melhor que eu me senti confiante. A tensidade das terças tinha ido embora.



Aula foi PR para ações beneficentes.No break desci para o refeitório, conheci uma menina que fazia aula de Decoração e conversei com os meus colegas de classe sobre mídia. Êeeee consegui entender tudo que eles diziam!!! :D O mais legal é que os Irlandeses (pelo menos os que eu conheci) são super legais com os estrangeiros. Eles não te olham torto quando você diz algo errado, se a pronúncia não está certa, eles te corrigem, mas com um jeito gentil. Cara, é muito legal!!!

A aula termina às 9h30 pm. Mas o ônibus só passa no ponto às 10h pm. Nesta terça aconteceu o que Eu e Mari sempre comentávamos "A moça bonita podíamos nos dar carona", ela ofereceu carona para mim e para   minha colega de classe irlandesa. (risos) Pena que a Mari faltou! (risos)

Eu e a minha colega (eu não sei o nome dela!!!) fomos para o ponto e pegamos o ônibus. Vocês acreditam que só paramos de conversar quando ela desceu do ponto!!! Batemos papo sobre diferentes assuntos. Foi muito legal! Me sentir tão bem...E mais uma vez percebi que está valendo a pena!!!!

Está valendo a pena passar por todas as dificuldades, saudade, frio, solidão, toda, toda!!!! Não sei se até terminar minha jornada aqui, farei amigo irlandês, porém sei que eles realmente são educados e gentis.

Ontem o meu dia terminou com muita música para celebrar!!!!!!!!

sábado, 12 de novembro de 2011

Dividir apartamento

Há quase 10 meses aqui, morando no mesmo lugar, não com as mesas pessoas, no mesmo apartamento. A convivência é um outro desafio que o intercâmbista tem que passar. Na minha opinião dividir apartamento é desgastante. 

No início eu fiquei surpresa comigo mesma porque antes de vim, eu achei que teria problema em dividir quarto, fazes os deveres domésticos e ter as responsabilidades de casa. No início foi tudo novidade. Agora está ficando chato e às vezes irritante. 

É duro morar com pessoas com culturas, comportamento, atitudes diferentes da sua. 

Antes aqui em casa era sempre tudo organizado. Porque as pessoas que moravam aqui eram mais organizadas. E eu gostava disso. Eu não sou organizada, mas eu gosto d ver a minha casa organizada e limpa.  O ditado que diz que a companhia influencia, é verdade. Quando andamos com pessoas melhores que você no seus defeitos, inconscientemente você melhora o seu defeito. Não sei se Freud explica, mas na minha vida isso funciona. 

Eu me lembro como a minha reclamava quando havia coisas espalhadas pela casa. Agora eu entendo ela. Apesar de serem pequenas coisas, a casa fica com aspecto de suja, bagunçada. Ai, não curto isso não. 

Engraçado coisas que eu reclamava da minha mãe, que achava besteira, e hoje eu aqui. achando essas besteiras - sérias. Não tem jeito, a forma como você foi criado, sera levado para a sua vida toda, mas com algumas adaptações e/ou mudanças que a vida nos obriga a fazer. 

Todos aqui são pessoas boa. Isso eu não posso reclamar. Mas que às vezes ver eles todos os dia me incomoda, ah isso é. Como eu tenho certeza que cansa, eles me verem todos os dias também. 

Anyway...

Ontem foi dia 11-11-11. Antes de ver comentários no Facebook, não tinha me atentado para isso. Para mim essa data foi Super importante. Porque pude perceber que estou falando inglês, que o meu tempo e todo o meu esforço não está sendo jogado fora, como disse a minha amiga Milene "Você pode ver que não está perdendo tempo aqui". Essa é uma das minhas maiores preocupação. Não perder tempo. Eu quero fazer muitas coisas, mas MUTAS mesmo. Como disse a minha outra amiga Bárbara "Você não veio para esse mundo de passagem, você tem que fazer a sua história aqui." Bom, é isso que estou tentando fazer. 

Os numerólogos confirmam a importância da data: a soma dos algarismos 11 + 11 + 2011 resulta em 8, um número muito positivo. “O número oito é número poderoso. É também um número de realização, transformação, regeneração e favorece principalmente pessoas que atuam nas áreas de administração, justiça e finanças", garante o astrólogo João Bidú. Jornal Hoje (11-11-11)




quinta-feira, 10 de novembro de 2011

De onde vem a FELICIDADE?

Os meninos do meu trabalho dizem: "Seis hora da manhã, ela já está feliz". 

Apesar de estar longe da minha família, amigos e do meu Rio. Este é o meu melhor momento comigo mesma. Em 10 meses eu me conheci melhor do em 25 anos e dois anos e meio de terapia. Agora eu sei o que eu gosto, o que eu gosto mais ou menos e que eu realmente não gosto. 

Como alguns sabem eu uma mistura de todas as religiões, aliás, de todas as tribos. Preconceito, é uma palavra que comigo não existe. E quando tenta existir, me toco e me corrijo. Eu sou a autocrítica em pessoa, até demais. Também aprendi ser mais tranquila com isso. 

Para mim 2011 foi um ano de transformações e realizações espirituais. Muitas pessoas estão mudando conceitos, opiniões, profissão e se conhecendo melhor. Cada um procura isso da melhor forma para si mesmo. A minha foi ficar sozinha comigo mesma. 

Uma vez uma brasileira me disse que só para Dublin os perdidos, na boa, eu concordo! A atmosfera de Dublin é diferente. É algo que te faz sentir igual a qualquer pessoa. É uma liberdade, que se você não tiver sabedoria suficiente, essa entra pelo ralo e passa pelo cano e cai no esgoto sem nenhum aproveito. 


"Escolhas de uma vida 

A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".

Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.

Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida". 

Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.

As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...

Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.

Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.

Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.

Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!"



Pedro Bial



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O quinto membro: A INTERNET






Eu tenho um certo problema com a minha amiga INTERNET. Na verdade não é exatamente um problema, mas uma competição de atenção. Como esta coisa prende atenção das pessoas por horas, tira elas do mundo real. Aqui em casa às vezes - não, não-sempre-todos os dias-todas as horas-todos os minutos parece uma  lan house. 

Bom, ficamos sem internet por uma semana. Todos nós quase ficamos loucos sem essa coisinha. Por outro lado foi legal, porque tivemos momentos de bate papo e risadas que não teríamos se não estivéssemos sem a internet. 

Nos meus momentos "carioquês" não ficava na internet o dia inteiro. Dublin mudou a minha vida. Às vezes fico irritada com essa nossa dependência/mudança, é pior que televisão. 

Algumas vezes fico chateada que ninguém daqui de casa conversa mais. A internet não deixa. Há assuntos mais interessantes do que uma simples e descontraída conversa. 

Outro dia o Doru (rapaz que trabalha aqui no prédio) nos ofereceu uma televisão. Ninguém quis. Para que TV se cada tem a sua? Como estamos ficando individuais. A TV faria todos / ou quase sentarem no sofá e assistir o mesmo programa juntos - como uma parecida família- é parecida, poque nós não somos uma família. Somos apenas flatmates. Já pude dizer que fomos, agora não mais. Por outro lado da moeda a televisão traria algum tipo de conflito, porque, com certeza, existiria alguém que quisesse assistir o mesmo canal que você ou não poderia ficar na sala porque o som está atrapalhando. 

Ficar na internet é bom. Para ser sincera não quero ficar escrava dela, jamais. Quero ainda conversar e sair parar encontrar pessoas. Porque para mim o convívio social é muitíssimo importante.